O governador Eduardo Campos testou e aprovou o Palio Weekend Elétrico – primeiro veículo com propulsão 100% elétrica fabricado no Brasil – e desenvolvido pela Fiat Automóveis em parceria com a Itaipu Binacional e a empresa suíça KWO. Eduardo fez o test drive do carro na manhã desta terça-feira (08), nos jardins do Palácio do Campo das Princesas, após a solenidade de entrega oficial do veículo.
“Ele é como qualquer outro carro, você só estranha o fato dele não fazer barulho algum”, destacou. “É um carro que contribui para que a gente possa reduzir os danos à natureza”, completou o governador.
A solenidade de entrega contou com a presença do presidente da Fiat Brasil, Cledorvino Bellini, e da diretora financeira executiva da Itaipu Binacional, Margaret Groff. O carro segue para Fernando de Noronha ainda esta semana, onde será utilizado pela administração da Ilha. O paraíso pernambucano será o primeiro local do Nordeste a receber o modelo. "É um orgulho para a Fiat aprofundar sua parceria com Pernambuco e ao mesmo tempo ajudar a preservar as gerações futuras deste santuário ecológico", afirmou Cledorvino Bellini.
A entrega do automóvel integra as ações do Governo do Estado em comemoração ao Mês do Meio Ambiente e obedece as diretrizes do Plano Estratégico Ambiental de Pernambuco, lançado em 2008. O Plano visa transformar a matriz energética de Fernando de Noronha fazendo com que a Ilha elimine gradativamente o uso de combustível de origem fóssil podendo gerar 100% de energia limpa e renovável.
A utilização do modelo elétrico também atende as exigências do Ministério de Minas e Energia, que determina que 2/3 da energia gerada em Fernando de Noronha seja proveniente de uma fonte renovável, ou seja, proveniente de energia eólica ou solar. “Hoje 100% da energia são de geradores a diesel e nós já estamos discutindo isso com o Ministério e com a Vale do Rio Doce para que o restante da energia seja de geradores a álcool”, adiantou Eduardo.
A Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, Paraná, sedia a linha de montagem do veículo é a responsável também pela confecção das torres de abastecimento. São totens com cerca de 1,20 metro, dotados de um cabo de força que se conecta à uma tomada no carro, localizada no mesmo local onde ficaria o bocal do tanque de combustível. "O veículo elétrico já está se consolidando hoje como uma necessidade pra o mundo, para o desenvolvimento do planeta, para um planeta mais sustentável", disse Margaret Groff.
O CARRO - Externamente o Fiat Palio Weekend Elétrico é idêntico às versões convencionais. Alguns componentes, entretanto, precisaram se adequar as características do veículo. A diferença está debaixo do capô. Motor, transmissão e baterias foram adaptados. O veiculo também não possui embreagem.
O carro pode ser abastecido em qualquer tomada elétrica de três pinos de 220 V, idênticas às de computador. O custo do abastecimento fica em torno de R$ 7,00. Já o custo do quilômetro rodado fica em torno dos R$ 0,06 enquanto em um carro normal este valor sobe para R$ 0,25
O veículo é alimentado por uma bateria de Níquel colocada no porta-malas. Para carregá-la são necessárias oito horas e a autonomia do carro é de 120 quilômetros. O carro tem velocidade máxima de 100 km/h e vai de 0 a 60 km/h em 9 segundos.
O motor gera potência máxima de 15 Kw (20 cv) e torque máximo de 50 Nm (5,1 kgm). O propulsor é refrigerado a água, o que permite uma redução de suas dimensões e peso. O Palio Weekend Elétrico também se diferencia dos demais modelos na alavanca de mudanças de marchas que se assemelha às dos carros automáticos e possui apenas três posições: Drive, Neutro e Ré. Outra peculiaridade do veículo é o console central que ganhou um display para monitorar o comportamento da bateria, com informações sobre carga, tensão, temperatura e corrente.
De acordo com Leonardo Cavaliere, engenheiro responsável pela linha de montagem, o custo para produção do carro é de cerca de R$ 200 mil o que torna sua comercialização inviável. Outros 50 veículos do mesmo tipo estão circulando no Brasil em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Foz do Iguaçu e Belo Horizonte. Fernando de Noronha recebeu a versão de número 51.
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